O Mistério da Casa Assombrada de Pedravilha Uma Aventura de Amizade e Coragem.
Na vila pacata de Pedravilha, aninhada entre colinas verdejantes, erguia-se uma casa antiga e misteriosa no topo da colina. A Casa Assombrada, como era conhecida, pairava sobre a vila como um segredo sussurrado. As janelas estavam empoeiradas, a pintura descascada e o jardim, outrora vibrante, agora era um emaranhado selvagem de trepadeiras e ervas daninhas. Os moradores contavam histórias de ruídos estranhos, sombras dançantes e sussurros fantasmagóricos que emanavam das paredes da casa ao anoitecer. Ninguém se atrevia a aproximar- se, temendo o que pudessem encontrar lá dentro..
Certo dia, três amigos corajosos - Tomás, Sofia e Miguel - decidiram desvendar o mistério da Casa Assombrada. Tomás, o mais velho, era um rapaz moreno com cabelo encaracolado e olhos castanhos brilhantes, sempre pronto para um desafio. Sofia, com seus longos cabelos ruivos trançados e sardas espalhadas pelo rosto, era a mais curiosa e inteligente do grupo. Miguel, o mais novo, era um rapaz de pele morena clara, cabelo preto espetado e um sorriso contagiante, era o coração corajoso da equipe, apesar de sentir um friozinho na barriga só de pensar na casa..
Munidos de lanternas potentes e muita coragem, os três amigos aproximaram-se da casa ao anoitecer. O portão de ferro rangeu ao ser aberto, como se a própria casa estivesse a protestar contra a sua presença. O jardim estava coberto de folhas secas e galhos quebrados, e o ar estava pesado com um cheiro de mofo e esquecimento. A cada passo, o chão rangia sob seus pés, e sombras dançavam nas paredes, alimentando a sua imaginação. Miguel agarrou-se firmemente à manga de Sofia, sentindo o coração a palpitar no peito..
De repente, um barulho estranho ecoou pela casa, vindo do sótão! Era um som arranhado, como se algo estivesse a ser arrastado pelo chão. Miguel estremeceu. — Quem está aí? — perguntou Miguel, tentando parecer valente, mas a sua voz tremia ligeiramente. O silêncio respondeu-lhe, tornando o barulho ainda mais assustador. Tomás respirou fundo e disse: — Vamos lá ver. Juntos..
Lentamente, os três amigos subiram as escadas rangentes em direção ao sótão. Cada degrau parecia uma eternidade, e o silêncio era ensurdecedor, interrompido apenas pelo bater dos seus corações. Ao chegarem ao topo, hesitaram por um momento, respirando fundo para reunir coragem. Tomás estendeu a mão e abriu a porta do sótão com um estrondo..
Quando a porta se abriu, viram... um gato preto felpudo com olhos verdes brilhantes, sentado no meio do sótão empoeirado! O gato olhou para eles com curiosidade, sem demonstrar qualquer sinal de hostilidade. Mas ao lado dele, um velho diário estava aberto sobre uma mesa empoeirada, banhado pela luz fraca que entrava pela janela. O sótão estava cheio de teias de aranha e caixas antigas, mas o diário parecia brilhar com uma aura misteriosa..
Sofia aproximou-se cautelosamente do diário e começou a ler em voz alta. As palavras contavam a história de Dona Elisa, a antiga dona da casa, uma senhora bondosa que adorava crianças e deixava doces na janela para os vizinhos. Ela amava a vila de Pedravilha e cuidava da sua casa com muito carinho. Mas quando Dona Elisa se mudou para cuidar de um familiar doente, a casa ficou vazia e as lendas começaram a surgir, alimentadas pelo medo e pela imaginação dos moradores..
De repente, o gato saltou para a janela e miou alto, como se estivesse a chamar a atenção para algo. Lá fora, no jardim, uma figura sombria movia-se entre as árvores! Era um homem alto e magro, com um chapéu de abas largas e um sobretudo escuro. Ele parecia estar à procura de alguma coisa, vasculhando o jardim com movimentos furtivos. Os três amigos trocaram olhares preocupados. Quem seria aquele homem e o que estaria ele a fazer ali?.
Tomás teve uma ideia. — Ele deve estar à procura de algo que pertenceu à Dona Elisa! Talvez algo valioso que ela escondeu na casa. — Sofia concordou. — O diário! Talvez ele esteja à procura do diário! — Miguel, sempre prático, disse: — Temos que proteger o diário e descobrir o que ele quer! Os três amigos decidiram esconder-se e observar o homem, tentando descobrir as suas intenções..
Enquanto o homem vasculhava o jardim, os amigos descobriram, através do diário, que Dona Elisa tinha escondido um valioso colar de esmeraldas no jardim, antes de partir. O colar era uma herança de família e ela não queria que caísse em mãos erradas. O homem misterioso, ao que parecia, era um ladrão que tinha ouvido falar da lenda do colar e estava determinado a encontrá-lo..
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Com a ajuda do gato preto, que se revelou um guia astuto, os três amigos seguiram o ladrão pelo jardim, escondendo-se nas sombras e evitando serem vistos. O ladrão, frustrado por não encontrar o colar, começou a destruir o jardim, arrancando flores e cavando buracos. Sofia, furiosa com a destruição, decidiu agir. — Já chega! Não vamos deixar que ele destrua o jardim da Dona Elisa! — gritou ela..
Com um plano em mente, os três amigos prepararam uma armadilha para o ladrão. Miguel, com a sua agilidade, amarrou um barbante invisível entre duas árvores, enquanto Tomás e Sofia distraíam o ladrão com ruídos e sombras. Quando o ladrão, irritado e confuso, correu em direção ao barulho, tropeçou no barbante e caiu de cara na lama! O gato preto, aproveitando a oportunidade, saltou sobre o ladrão e começou a arranhar o seu chapéu, miando furiosamente..
Com o ladrão imobilizado, os três amigos chamaram a polícia, que o prendeu na hora. O colar de esmeraldas foi encontrado escondido num vaso de flores, exatamente como Dona Elisa tinha descrito no diário. Os amigos devolveram o colar à família de Dona Elisa, que ficou muito grata pela sua honestidade e coragem. A Casa Assombrada deixou de ser assombrada pelo medo e tornou-se um símbolo de amizade, coragem e aventura. E o gato preto, agora chamado de Sherlock, tornou-se o mascote oficial da vila de Pedravilha..
*POLICY—.