Assim como várias pessoas, a fonoaudióloga brasileira chamada Thaís Cruz luta para provar que fala português de Portugal. Em 2020, Thaís, morando em Cascais, cidade no distrito de Lisboa, não consegue exercer a profissão de fonoaudiologia. Porque, segundo o órgão responsável por regular a profissão no país (ACSS- Administração Central do Sistema de Saúde), ela não fala corretamente o português de Portugal, não dominando a semântica (sentido das palavras), a morfossintaxe (construção das frases), a fonética e a fonologia (os sons) do português europeu. E, ela acredita que os motivos para seu credenciamento profissional em Portugal foi negado por preconceito linguístico, já que veio do Brasil, tendo o sotaque paraense.
CASO DE THAÍS CRUZ
Apresentação|
Assim como várias pessoas, a fonoaudióloga brasileira chamada Thaís Cruz luta para provar que fala português de Portugal.
Em 2020, Thaís, morando em Cascais, cidade no distrito de Lisboa, não consegue exercer a profissão de fonoaudiologia.
Porque, segundo o órgão responsável por regular a profissão no país (ACSS- Administração Central do Sistema de Saúde), ela não fala corretamente o português de Portugal, não dominando a semântica (sentido das palavras), a morfossintaxe (construção das frases), a fonética e a fonologia (os sons) do português europeu.
E , ela acredita que os motivos para seu credenciamento profissional em Portugal foi negado por preconceito linguístico, já que veio do Brasil, tendo o sotaque paraense.
O que é preconceito linguístico?
O preconceito linguístico é o ato de discriminar a forma como as pessoas falam, está muito relacionado aos sotaques de cada lugar. ' 'Segundo Bagno , na obra Preconceito Linguístico: o que é, como se faz (1999), o preconceito linguístico deriva da construção de um padrão imposto por uma elite econômica e intelectual que considera como “erro” e, consequentemente, reprovável tudo que se diferencie desse modelo. Além disso, está intimamente ligado a outros preconceitos também muito presentes na sociedade'' O preconceito linguístico está diretamente ligado às variações linguísticas. No Brasil, essa discriminação acontece diariamente e, embora o mesmo idioma seja falado em todas as regiões, cada lugar possui uma maneira própria de utilizar a língua, agregando sotaques, gírias e aspectos culturais. Por exemplo, a forma de falar de uma pessoa que mora em Minas Gerais será diferente da de uma pessoa que mora no Rio de Janeiro. Quase sempre o preconceito acontece em tom de brincadeira ou deboche, e a pessoa ou grupo que o pratica geralmente tem a ideia de que a sua maneira de falar é a correta, menosprezando sotaques, gírias e expressões que são diferentes.
O que é norma-padrão? Como se relacionam?
Norma-padrão – é o conjunto de regras de uma gramática igual à dos livros, cujo emprego resultaria, supostamente, na expressão mais correta e bela de uma língua. Na prática, a norma-padrão não é empregada por ninguém. Nem grandes escritores da língua portuguesa, como Machado de Assis ou Camões, seguiram fielmente a norma-padrão É o modelo impraticável da língua.O preconceito linguístico acontece quando a variedade do falante foge um pouco da norma-padrão. Como não está muito próximo da norma-padrão, a pessoa sofre preconceito, sofre julgamento.
Variação regional - sotaque
No caso que estamos expondo, a pessoa sofre preconceito pelo sotaque que tem. A variação regional é a diferença entre o modo de falar entre pessoas de regiões diferentes que falam a mesma língua. Nessa variação, o vocabulário, construção e pronúncia (sotaque) pode mudar. Sendo assim, o sotaque está dentro da variação regional.
Combate ao preconceito linguístico
Uma das formas de combater o preconceito linguístico é entender que não existe certo ou errado e que todas as variações são aceitas e corretas em seus contextos de uso. Praticar preconceito linguístico, como já vimos, é uma forma de expor as pessoas; Vamos usar uma explicação simples, na qual ouvimos desde pequenos: Empatia. A empatia é a gente se colocar no lugar do outro, ou seja, se você fosse julgado por causa de seu sotaque, iria gostar? Provavelmente não. E sobre corrigir as pessoas que “erram” alguma palavra, nossa dica é: não as corrijam, principalmente se você entendeu o que ela disse. Se você corrigi-la, a pessoa pode ficar chateada. Às vezes a pessoa pode não ter tido a oportunidade de estudar, tendo um grau menor de escolaridade .
Diga não ao preconceito linguístico!
Ele machuca as pessoas, não é nosso amigo!
Obrigado pela atenção By . Geovanna Torres, João Pedro Brasil, Lívia de Oliveira, Mariana Marciel , Valentina Roballo