BIOGRAFIA SONIA

Sônia Ribeiro DA CEGUEIRA A DONA DO MEU PRÓPRIO NEGÓCIO DIGITAL Descubra como minha história pode impactar a sua.

Olá, seja muito bem-vinda/o ao meu e-book Como fui da cegueira a dona do meu próprio negócio digital. Me chamo Sônia, tenho 35 anos e sou especialista em formar profissionais remotos. Preparei esse e-book para me conectar mais com você, afinal nada como uma boa e velha história para unir as pessoas, não é mesmo? Há tempos que algumas pessoas próximas a mim, têm me pedido para compartilhar minha trajetória de vida na ‘internet’ porque acreditam que tudo que vivi e conquistei pode inspirar outras pessoas a se tornarem donas do próprio nariz e do próprio negócio. A verdade, é que não é nada fácil compartilhar momentos de dor, de dificuldades, que já foram superados, mas que não deixam de ter seu peso. Após refletir bastante, decidi que, se o meu propósito é impactar positivamente a vida das pessoas, preciso compartilhar com elas as principais barreiras que enfrentei para me tornar a mulher que sou hoje..

Quando você coleciona histórias de sucesso, você encurta o caminho das pedras. Acredite, essa história facilmente seria a sua, falo isso porque — tirando a cegueira — as condições em que nasci eram as mesmas que grande parte das famílias brasileiras. Minha família é de Criciúma, Santa Catarina. Minha mãe é a terceira filha de três irmãos que por negligência e maus tratos acabaram falecendo. Contam, um fato curioso sobre nossa família, e ele ocorreu com minha mãe. Devido aos maus tratos, ela também acabou morrendo, mas milagrosamente depois de já estar no caixão ela ressuscitou. Sim, eu sei que você deve estar pensando que isso é invenção, mas foi o que me contaram, e se tratando de minha mãe eu não ouso duvidar. Ela é uma mulher forte e determinada que apesar de ter vivenciado algo tão ruim na infância nunca perdeu sua força..

Minha mãe teve ainda dois meio-irmãos, filhos do meu avô com a madrasta dela, os quais eram bem tratados enquanto minha mãe era deixada a Deus dará. Minha mãe já crescida acabou por se envolver com um rapaz galanteador, foi morar com ele e teve um filho, meu irmão que infelizmente morreu devido à falta de condições adequadas e doenças. Essa perda abalou muito minha mãe, mas depois ela teve seu segundo filho o qual também teve problemas de saúde, mas dessa vez ela conseguiu salvá-lo indo a outras cidades para tratá-lo. Nessa nova cidade, ela trabalhou inicialmente como cozinheira e alugou uma kitnet para morar, foi nessa época que ela conheceu meu pai. Nossa família, assim como muitas outras, era repleta de problemas, meu pai também havia tido uma infância difícil e acabou se entregando para as drogas. Quando minha mãe foi morar com ele, os dois se alojaram em uma casa nos fundos da moradia dos meus avós paternos, foi lá que eu nasci..

Quando minha mãe me viu, ela descobriu algo que poderia mudar a vida dela para sempre: eu havia nascido cega. Os médicos logo lhe asseguraram que eu não iria enxergar, nossos familiares também não acreditavam que eu pudesse desenvolver a visão. A cegueira Mas minha mãe não desistiu de mim, após seis meses eu abri os olhos e eles haviam mudado de cor, não eram mais castanhos e sim azuis, ela teve uma ideia: virou uma chave em frente aos meus olhos e eu acompanhei o movimento do objeto, foi aí que ela percebeu que mais um milagre iria compor a história da família. Eu havia recuperado a visão. Devido às condições em que morávamos, me tornei uma criança de saúde frágil, e como se não bastasse meu pai começou a disputar a atenção de minha mãe comigo..

Minha mãe não se deixava levar por isso e começou a trabalhar em uma instituição escolar e de caridade onde me colocou para estudar, meu pai ficou feliz porque eu não ia mais ficar em casa ao longo do dia, mas por outro lado, ficou com raiva porque minha mãe também ficaria ausente. Um dia tiveram uma briga, no meio do vai e vem dos objetos que estavam atirando mutuamente, meu pai me usou como escudo para se defender de uma sandália que minha mãe atirou nele. O sangue se espalhou pela casa. Você deve está se perguntando como eu me lembro disso tudo. Costumo pensar que traumas existem justamente porque guardamos as memórias mais marcantes de nossas vidas, para mim essa é uma delas..

Minha mãe trabalhando na creche conquistava sua independência financeira, e eu estudando lá podia estar em contato com outras crianças e aprender, sempre gostei de aprender. Foi nesse período que minha mãe acabou se relacionando com o irmão da minha professora, ele era mais jovem e o romance não engatou logo de cara, porém passado um período, eles acabaram ficando juntos. Cá entre nós, minha mãe percebeu que o histórico do irmão da minha professora era bem melhor que o do meu pai. Ela resolveu dar mais um passo e juntou dinheiro para comprar um barraco no morro, mas quando foi arrumar minhas coisas ela percebeu que não daria tempo de me levar junto naquele dia, e mais uma vez minha mãe deixaria um filho para trás..

Meu avô me levou com ele e minha mãe para provar que voltaria me deixou um relógio. Minha avó passou a cuidar de mim, certo dia ao sair de casa para seu centro religioso aconteceu aquilo que acontece com as mulheres em quase 100% dos lares brasileiros: meu avô abusou de mim. Como qualquer outro homem que comete essa atrocidade, ele me ameaçou para que eu não contasse a ninguém. No desespero, eu atravessei a rua e me expus ao perigo no meio dos carros na tentativa de encontrar algum responsável. A essa altura minha mãe já estava na justiça para reaver minha guarda, mas meu avô tinha influência, eu chorei desesperadamente para a justiça me deixar ficar com minha mãe..

E mais uma vez um homem tentou me expulsar da vida da minha mãe, dessa vez, meu padrasto. Ele começou a fazer com que minha mãe escolhesse entre mim e ele, mamãe escolheu a mim, mas ele acabou ficando com ela da mesma forma. Mais tarde contei para minha mãe sobre o abuso que sofri, de início ela duvidou de mim, disse que meu avô era influente e não poderíamos fazer nada. Foi então que ela resolveu cuidar de mim de maneira peculiar, me deixava trancada a maior parte do tempo. Nesse período minha criatividade aflorou muito, eu não tinha brinquedos como as outras crianças então eu mesma criava os meus com o que tinha em casa. Acabei criando até mesmo um robô igual ao que eu vi em um filme na TV, meu primeiro grande desafio foi fazer o robô se mover..

Depois veio a segunda, com os enfeites que minha mãe trazia para casa eu criava coisas, certo dia ela trouxe um boneco de neve, quebrei o brinquedo e fiz duas bolas de gude gigantes, depois fui brincar na rua com as bolas e ganhei mais bolinhas, fiz isso duas ou três vezes até que elas ficaram valiosas e eu as vendi e guardei o dinheiro no meu cofre. Mas minha mãe descobriu e pegou as moedas para ela. Depois disso tive minha primeira ideia de negócio, vi uma família de urso vendendo limonada na TV e quis vender também para ajudar minha mãe e também para comprar meus brinquedos, mas minha mãe não deixou..

Depois disso, minha mãe me matriculou em uma escola distante em um bairro perigoso, eu ainda pequena caminhava uma longa distância. No início parecia uma infância normal, mas aí certo dia meu pai apareceu bêbado na escola e me sequestrou. Sequestro Após essa fase, pensei: bom, agora terei uma vida normal. Mas aí veio o bullying de outras crianças maiores do que eu, eu contava para minha mãe, mas de nada adiantou. Certo dia na frente da escola eles pegaram minha mochila e me bateram até eu desmaiar. Acordei na casa de familiares de minha mãe. Depois daquele dia, as crianças pararam de me perseguir, mas meu sofrimento estava longe de terminar. Depois minha mãe me tirou dele, para meu avô me tirar da minha mãe e eu ficar de casa em casa, sofrendo diversos traumas..

Meu pai começou a aparecer com uma arma, nos ameaçando. A partir daí começamos a morar de casa em casa, nos escondíamos dele na casa de outras pessoas. Não sei como isso terminou, mas ele parou de fazer e eu pude voltar a escola, mas agora acompanhada de um rapaz mais velho, que minha mãe pagava para me levar. Na escola eu era uma criança questionadora, daquelas bem curiosa, sabe? Isso incomodou minha professora que me humilhou em frente a turma me pondo de castigo, ordenou que eu cheirasse o quadro na frente de todos os alunos. A partir dali eu silenciei minhas curiosidades..

Depois disso, me tornei uma criança mais quieta e trouxe comigo a ferida da humilhação, mas minha mãe me mudou de escola e para minha felicidade era uma escola melhor, ainda sim sofri bullying por causa do óculos “fundo de garrafa”, meu jeito tímido e as roupas de brechó com propaganda da igreja que eu usava. Quando a escola colocou os uniformes eu fiquei verdadeiramente feliz. Apesar de ainda estar nessa situação em relação às outras crianças. Embora as coisas tivessem melhorado, a minha vida “normal” estava longe de chegar, agora eu precisava cuidar dos meus dois irmãos, ficávamos trancados em casa enquanto meu padrasto e minha mãe saiam para trabalhar..

Nesse meio tempo mamãe me tratava meio mal, me colocava para comer mais comida do que eu gostaria e se não comesse ela me castigaria, acabei reproduzindo tais comportamentos com meus irmãos. A partir do momento em que comecei a cuidar dos meus irmãos, precisei virar adulta, ter atitudes de gente grande. Passei a penteá-los, protegê-los dos perigos e até ir em reuniões escolares..

Certo dia mamãe levou umas revistas da farmácia, então tive uma ideia: vender as revistas. Quando fui levar meus irmãos na escola, dei uma revista para a professora porque pensei que se os alunos vissem ela com a revista também iriam querer, e assim foi. Novamente juntei as moedas e coloquei no cofrinho, mas outra vez mamãe pegou. Foi aí que nasceu uma ideia, havia uma vizinha que morava na minha rua que detestava ir ao supermercado, então comecei a me oferecer para ir para ela em troca de dinheiro. Eu ia, fazia as compras e ela me pagava. Posso dizer que esse foi meu primeiro emprego, mas também foi nesse momento que senti minha criatividade morrendo..

Quase no fim do ensino fundamental eu deixei de usar óculos, decidi começar a fazer trabalhos que davam um retorno financeiro maior. Já estava em outra escola, que não tinha uniforme, fui me soltando e participando de mais atividades em grupo, fui me desafiando, sabia que precisava de desenvoltura para conseguir trabalho. Foi assim que fiquei em segundo lugar em um desfile da escola. Fiquei conhecida e pensei em usar minha popularidade para o bem, comecei a ajudar uma criança que usava uma cadeira de rodas, já que ninguém falava com ela. Certo dia pedi para minha mãe dar uma cadeira de rodas para o menino que devia ter por volta de seis ou sete anos de idade, só que obviamente ele não podia, mas não deixou de ajudar. Ela entrou em contato com o antigo trabalho na instituição de caridade onde trabalhava e conseguiu uma cadeira para o menino. A criança ficou feliz, eu também fiquei. Os professores me convidaram para uma reunião onde fizeram um banquete para me agradecer pela atitude, gravaram um vídeo que está na escola até hoje. O fato é que isso tudo teve um retorno muito positivo, pois ninguém mais ficou maltratando o garoto. Ali percebi que gostava de ajudar as pessoas..

No ensino médio as coisas mudaram, antes eu não precisava pegar ônibus, agora tinha o ônibus, a escola era distante. Senti no início, mas depois me adaptei. Ensino Médio Foi nesse período que tive meu primeiro namoradinho, mas logo terminou. Meu principal objetivo nessa época era encontrar um emprego, mas por ser menor de idade não era fácil. Então comecei a procurar vagas no jornal e fazer cursos gratuitos na instituição de caridade que eu tinha estudado quando minha mãe trabalhava lá. Fiz diversos cursos, dentre eles: oratória e teatro. Minha mãe e meu padrasto trabalhavam o dia inteiro e nessa época não faltava nada, mas mesmo assim eu queria minha independência. Fiz amizade com uma menina que também parecia tímida e sofria racismo, porém super inteligente e quando souberam disso todos quiseram se tornar amigos dela também..

Minha mãe começou a fazer limpeza em um centro de eventos, fazia na folga e precisava da minha ajuda de outras pessoas, acabou me contratando e eu pude ganhar meu primeiro dinheirinho, mas infelizmente no fim do serviço uma mulher veio e tomou todo o salário dela porque ela não podia ter trabalhado na folga. Nessa época meu padrasto teve a ideia de vender um carro que minha mãe tinha para comprar uma Fiorino e construir ajudar ela a construir a própria empresa. Ela tinha experiência, vendia bem, ia dar certo, mas eu fiquei triste pelo carro ser vendido. A empresa da minha mãe prosperou, ela me contratou novamente para fazer a limpeza, as pessoas julgavam, mas era meu trabalho e eu estudava. Depois disso tive outros trabalhos, até vendi camisas no show do Roberto Carlos. Certo dia comecei a trabalhar em um evento grande como recepcionista, fiquei lá por uns quatro anos e virei coordenadora e fiz contratações. Eu gostava desse trabalho, até que ele acabou não acontecendo mais na minha cidade. Fiquei sem renda..

Certo dia uma amiga me chamou para apoiá-la em uma entrevista de emprego e acabei participando da dinâmica em grupo, de cara eu não quis para não atrapalhá-la, mas me garantiram que haviam várias vagas, acontece que, me destaquei na dinâmica e fui contratada. Tentei desistir da vaga, mas me disseram que se não fosse eu também não seria minha amiga. Fiquei feliz com o trabalho, mas na escola ia mal, estava dormindo de cansaço na sala de aula, minha amiga que sofria racismo dos outros alunos me ajudava com as tarefas..

O trabalho era de telemarketing, minha mãe disse que eu não conseguiria porque minha voz não era boa, mas a verdade é que foi ao contrário, minha voz era uma das melhores, os supervisores e clientes gostavam de mim porque eu não vendia cartão de crédito, vendia oportunidades. Então eu me destaquei bastante nesse trabalho e como consequência ganhei vários prêmios, viagens e reconhecimento. Com o salário, investi em um computador, fiz um empréstimo e comprei a vista. Meu padrasto reclamou porque a internet discada era cara, mas o que eu queria mesmo era ter mais certificados que meu padrasto e um computador melhor que o dele. Ele quis usar, mas eu não deixei, era a minha grande conquista, porém eu queria mais..

Além do computador eu tinha outras necessidades, foi assim que quase comprei todos os produtos da revista AVON, depois comprei uma série de coisas fúteis até ter uma ideia genial: tirar minha carteira de habilitação. Meu padrasto não quis me ensinar a dirigir e minha mãe disse que era coisa de homem, mas eu não desisti e passei de primeira..

Depois disso tudo comprei um carro para mim, mas logo sofri um acidente já na primeira tentativa de dirigir, visto que, o carro estava com problemas no freio e acabei batendo em uma guarita. Por um milagre não morri. Arrumei o carro novamente e um belo dia enquanto eu dormia meu padrasto, minha irmã e uma funcionária da empresa sofreram um acidente nele. Todos ficaram bem, mas o carro deu perda total. O dinheiro do seguro ficou com meu padrasto porque o carro estava no nome dele e porque ele precisava, mas um ano depois eu recebi o dinheiro de volta. No meio disso tudo eu vivi relacionamentos frustrados e decidi não comprar mais carro nenhum e investir num apartamento na planta, mas fui enganada. Não entregaram o apartamento. Estava frustrada, tinha um trabalho na área de cobranças de uma empresa, mas um dia meu chefe me humilhou na frente de todos, pedi as contas e levei meus resultados para a concorrente e fui contratada. Primeiro carro.

Certo dia minha mãe falou de uma oportunidade de secretária em um centro de convenções que mudaria minha vida, ela sugeriu que eu fizesse uma experiência de um mês pra ver se meu trabalho era bom, eles gostaram e eu pedi as contas do meu antigo emprego que era bom e eu gostava. Depois de três meses fui mandada embora, os rumores de que minha mãe trabalhava na empresa atrapalharam minha continuidade por lá. Após esse episódio voltei a procurar emprego, fui a várias entrevistas, mas ninguém queria pagar o vale transporte. Por fim eu fui em uma que fui recusada e levei meus resultados e fui contratada. A empresa era quadrada, não incrementava ideias novas e favorecia alguns funcionários..

Enquanto estava lá fiz curso de comissária de bordo, me decepcionei um pouco com o mercado, não era o que vendiam. No fim a empresa que eu estava declarou falência. Nesse período precisei aceitar a proposta de minha mãe e voltar a morar com ela, me matriculei na faculdade administração, processos gerais e RH, fiquei imersa na faculdade e no mundo do empreendedorismo..

Comecei a dar ideias para minha mãe na empresa sobre tecnologia, redes sociais, pontos fixos, mas ela não aceitou e como nossas opiniões divergiam, ela me mandou ir embora de casa outra vez. Já havia acontecido em outros momentos. Fiquei desempregada, sem renda e precisando encontrar um emprego o mais rápido possível, mas me recusei a voltar a morar com meus avós. O importante é quem ensina Eu não sabia matemática e achava que nunca aprenderia, mas na faculdade um bom professor me ensinou e eu consegui tirar nota 10. Lá eu também me destaquei, virei chefe de turma, e me senti à vontade no espaço..

A casa que aluguei por quatrocentos reais era nos fundos da casa de uma mulher que olhava minhas coisas, ela entrava na casa, eu não tinha privacidade e estava me alimentando mal. Mesmo assim, usava a internet para enviar seus currículos e foram assim meus dias por ali, mas não consegui emprego. Até que surgiu a ideia de falar com todos os meus contatos do telefone e pedir emprego. Nesse meio tempo, precisei pedir um empréstimo para me manter, depois disso fui chamada para três empresas, o primeiro era na área administrativa, o segundo como caixa em um shopping e o terceiro que era de analista de cobrança foi o que mais me agradou. Era seis horas e tinha vale alimentação e tinha desconto na universidade de até 75%. Mesmo assim precisei cancelar a faculdade, mas antes disso recordo-me que fiz uma apresentação de marketing muito boa na qual tirei quase dez, só não foram 10 porque o professor não acreditava que existiria uma apresentação perfeita. O fato é que a disciplina era marketing e ainda não havia sido dada a apresentação, quando ela foi realmente ofertada eu já estava apaixonada pela profissão. Então decidi começar uma faculdade de marketing em outra instituição de ensino, era mais barato e tinha os 75% de desconto da empresa..

Para conseguir o desconto havia uma série de burocracias, não podia faltar e ter notas muito boas, mas passei no vestibular e logo de cara um dos meus professores me disse que marketing digital não tinha futuro. Mas eu tinha minha concepção e queria empreender, apesar do professor ter me desanimado. Consegui o desconto, a empresa pagava bem, tinha tempo para estudar e mais vale alimentação, deu tudo certo. Consegui ainda um trabalho como freelancer com um amigo e consegui quitar o empréstimo. Mais uma vez recebi o convite para morar com minha mãe, devido a situação do quarto em que eu estava morando ser ruim, aceitei. Comecei a tentar subir de cargo na empresa, queria ir pra área de marketing, me preparei 04 anos, mas quem conseguiu foi uma pessoa que não tinha nem 03 meses de empresa, fiquei desmotivada e pedi as contas..

Fui morar com minha mãe, depois saí pra morar com uma amiga, tentei novamente comprar um apartamento na planta e novamente fui golpeada e não foi entregue. Comecei uma busca por apartamentos para alugar, encontrei um pronto que estava à venda e comprei. Estava em um relacionamento tóxico, acreditava que era só o que eu merecia. Certo dia deitei a cabeça no sofá e agradeci pelos estudos que havia conseguido terminar e graças a isso agora tinha um apartamento, mas ainda faltava alguma coisa..

Como eu tinha habilidade em vendas comecei a ensinar isso na internet e já no início tive um bom retorno. Eu comecei a ver os serviços que eu poderia oferecer a mais, comecei com gerenciamento das redes sociais, aí teve cliente pediu para fazer edição de vídeos, eu comecei a estudar sozinha, autodidata, comecei a oferecer serviços, depois designer, eu fiz curso de designer e por aí vai. Chegou um determinado período que eu sozinha já não mais conta, eu comecei a delegar contava com um total de 20 pessoas trabalhando de forma remota pra mim, ilustração e várias coisas, o fato é que sempre me preocupei com vendas, relacionamentos com clientes, ou seja, deixar os clientes satisfeitos, e trazer retorno para os negócios, mais uma coisa que eu nunca me preocupei foi um fornecedor, eu sempre achei que os fornecedores realmente iam entregar, principalmente empresas que eu achava que que empresas sérias..

O grande problema é que no final eu estava precisando de serviços de programação, desenvolvimento de aplicativos, marketing, uma série de serviços, outros serviços estavam tudo sendo executados, só que o de programação, ah empresa que eu contratei levou 50%, e não entregou, e o valor dos outros serviços não eram suficiente para cobrir porque era um valor extremamente alto. Nesse momento meu relacionamento acabou, entrei na justiça com uma ação e fiz acordo, no fim saí com prejuízo de mais de 70 mil reais. Estava com as dívidas do apartamento, entrei num estado depressivo até ouvir a frase “filha, se algo te acontecer vai impactar toda a família” Aquela frase com as palavras de incentivo dos meus clientes aos poucos fui me levantando, voltei para a casa da minha mãe e comecei uma rotina de autocuidado, assistia vídeos motivacionais na internet e consegui outro emprego de seis horas, usei as outras seis horas para captar clientes e começar a reconstruir minha empresa novamente..

Fiquei nessa empresa com aquela sensação de que não era a mesma coisa de eu ter a minha própria, porém era um lugar bonito, eu caminhava perto de um lago para ir trabalhar, então eu gostava disso. Mas veio a pandemia e parou tudo. Muitas pessoas foram demitidas, eu fui para a modalidade home office, me adaptei com facilidade porque já havia feito antes, mas tinha que cobrir as pessoas demitidas e se tornou pesado. Então apareceu uma vaga bastante concorrida na área de infoprodutos, concorri com mais de 3 mil pessoas e consegui me classificar. Com todas as dívidas, morando com minha mãe eu pensei que precisava de duas rendas, assim mantive meu emprego CLT e continuei a captar clientes para minha empresa. Então fui melhorando e descobrindo o mundo dos infoprodutos..

Trabalhei por um ano com esse cliente CLT, desenvolvi uma metodologia de atendimento de suporte e recuperação que eu percebi que dava para ser replicada, quando eu percebi que dava para ser replicada eu pensei: dar para escalar..

Então comecei a oferecer os meus serviços para outros clientes, peguei provas sociais e depoimentos, depoimento do primeiro cliente, peguei outros depoimentos, e fui aumentando o leque de possibilidades, então de 2019 para 2020 deu um bum, ou seja, consegui vários clientes e aí um determinado momento as empresas começaram a ter problemas financeiros tanto o CLT como os infoprodutores que eu prestava serviços. Infelizmente um surgiu um novo desafio que é o cancelamento de alguns clientes, percebi a importância de ter múltiplas fontes de renda que era algo que eu já tinha pensando antes , pensava: não posso depender só do CLT e não posso depender só de um PJ preciso de mais fontes de renda, então aí eu tinha mais de três fontes de rendas, recorrentes. Foi ótimo, fui morar com uma amiga, coloquei o apartamento para alugar e gerar mais dinheiro. Descobri as possibilidades do digital e decidi usar isso para impactar as pessoas através dos meus cursos. O começo da melhor fase da minha vida.

Foram muitos erros e acertos que valeram a pena nesse processo e foi assim que nasceu o Profissional Remoto linkando as minhas experiências com o trabalho remoto, a minha comunicação, a minha facilidade para ensinar e a experiência que eu tive com os melhores infoprodutores. Transformei isso tudo em algo único, algo que dá uma experiência diferenciada. Profissional Remoto Apesar de atualmente existirem uma infinidade de cursos online é praticamente impossível encontrar os de boa qualidade, por isso o Profissional Remoto nasceu, para dar a possibilidade a profissionais opções de fontes de rendas alternativas para você não depender de uma fonte de rendas, ele também te dá possibilidades de se tornar um infoprodutor e pegar produtos já pronto de qualidades..

Já se imaginou trabalhando no conforto da sua casa, sem precisar estar ligado a único lugar ou uma única fonte de renda? Pois é, isso e muito mais o profissional remoto faz por você. Como minha história mostra, as coisas não são fáceis, você precisa fazer acontecer, mas certamente teria sido menos difícil se eu tivesse o acompanhamento certo desde quando comecei a empreender. Essa história está longe do fim, porque enquanto eu viver eu quero transformar vidas através do que aprendi. Propósito Meu principal objetivo é alcançar o maior número de pessoas possíveis, pessoas do Brasil e do mundo e que mais pessoas consigam trabalhar de forma remota tendo mais qualidade de vida..

Um dia eu tive um sonho, mas não foi um sonho qualquer, era tão vivido e real. Um homem falava comigo, o seu olhar e a sua voz invadiam o meu ser, eu me disse uma frase que tenho carregado como um mantra. A frase é a seguinte: "Se você se re conhece, você merece", ele dizia para eu repetir essa frase várias vezes, o sonho continua e eu me vi bem vestida e bem posicionada ensinando as pessoas como também encontrarem seus caminho para a vitória. É natural que ao longo do percurso você se sinta inseguro e relutante quanto ao seu propósito o caminho certo a seguir, mas em algum momento dessa jornada a resposta virá e você se sentirá em paz para seguir em frente. Sei que parece loucura mais vá por mim, vivi isso e sei do que estou falando. Vou te contar só um trechinho de como isso aconteceu comigo. Repita comigo: "SE VOCÊ SE RECONHECE, VOCE MERECE!".

Memórias Quero compartilhar com vocês mais do que momentos difíceis que atravessei na vida. Também quero compartilhar algumas frases que me inspiraram quando eu era apenas uma menina doce e cheia de sonhos. Vou deixar essas frases aqui para que elas possam também inspirar você quando precisar de apoio para seguir em frente..

Hoje, não é apenas uma menina com um livro. Ela é mulher compartilhando lições. Ela era descolada, não possuía as melhores roupas e sapatos. Seus melhores amigos eram os livros..

Lições estas, aprendidas com seus livros, de forma comprovada. Mas, quanto ao resto dos conselhos, não tem outra base confiável. Além da sua própria experiência errante..

Respire fundo e… olhe ao seu redor. A beleza das pequenas coisas. Sinta o perfume das flores. Ouça o canto dos pássaros. Veja os raios do sol refletidos nas árvores e nas flores..

Grite e cante o mais alto que puder Corra o mais rápido. Mas, cuidado para não tropeçar.

Aproveite o conselho dos mais velhos. Diga aos seus pais o quanto os ama. Faça o mesmo com todas as outras pessoas importantes da sua vida..

Aceite que nem os melhores cosméticos irão conter o seu envelhecimento. Você tem defeitos por ser real. Aceite-se..

Não siga a moda, crie seu próprio estilo. Algumas derrotas são grandes oportunidades. Seja grato pelas grandes coisas. Mas, jamais se esqueça de valorizar as pequenas..

Acredite nos seus sonhos, ainda que pareçam loucos. Seja o que for, como for, onde for: o importante é começar..

Comemore suas vitórias ainda que pequenas. Dance, mesmo parecendo desengonçado. Não pare. Tudo que é seu virá no momento oportuno, afinal as melhores conquistas não chegam de imediato..

Faça o bem sem buscar retribuições e compensações. Hoje é um belo dia para ajudar pessoas..

Seja o que você desejar ser, ainda que pareça estranho. Se você caiu não se esqueça que o tempo não pára até que você se levante. Enquanto estiver respirando ainda há tempo para recomeçar..

O fato das pessoas não te entenderem não significa que você não está certo. Seja como o mar: Não deixe de se mover por estar sozinho. Sempre existe uma saída. Se for preciso, cave um buraco, mas encontre..

Aceite as diferenças, todos somos únicos. Que graça teria se fossemos iguais?.